terça-feira, 12 de junho de 2012

Experiências celestiais



"A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça e a sua direita me abrace." Cantares 8,6

Um abraço pode ser muito mais que um simples gesto entre duas pessoas.
Ele diz muitas coisas sobre ambos.

A entrega dos abraços é algo tão bonito que chega ser necessário não pensar sobre ela.
Tem pessoas que dão abraços tão carinhosos, tão sublimes que o outro se sente ao mesmo tempo protegido e protetor.

Hoje recebi um abraço desse tipo. Era um abraço ao mesmo tempo tão simples, imprevisto, não planejado, que simplesmente aconteceu onde geralmente não ocorrem abraços.

Era um abraço tão carinhoso, tão honesto, tão bonito, que de tamanha beleza me fez querer continuar naquele momento eterno onde nada além do gesto importava.

Era um abraço de quem se entregava, mas ao mesmo tempo de alguém que me dizia ter um pedaço de mim, e que por isso eu poderia sempre contar com ele não importasse a situação.

Era um abraço firme, mas tenro. Forte, mas leve. Simples, mas carregado de sentido. Era um abraço como poucos.

Até eu que não sei abraçar tão belamente fui embriagado com o gesto tão puro expressado ali, antes da hora de ir embora pra casa. Abracei da mesma forma; como quem se entregava também, como alguém que confiava também, como alguém que precisava de apoio também, e lá ficamos por poucos segundos, sem palavras, sem sorrisos, olhos fechados, mas sentindo confortados por braços pequenos, mas que traziam uma mensagem muito grande.

O abraço durou poucos segundos, mas o gesto se constituiu como símbolo de algo que tende a durar pra sempre.

Experiencia celestial por excelencia por trazer a eternidade ao tempo presente.

E com esse abraço fiquei até agora.