quinta-feira, 16 de junho de 2011

10 anos de namoro










E quem diria que depois de 10 anos ainda estaríamos juntos?
Ainda me lembro do dia em que fui lá conversar com seus pais, dizer o quanto gostava de você, e iniciamos nosso relacionamento oficialmente.
Primeiro programa juntos: Um culto. Noite de talentos da extinta UGA (União Getsemani de Adolescentes). Digo extinta, porque provavelmente a UGA que existia não existe mais, embora talvez o nome permaneça.

De lá pra cá foram outros inúmeros cultos, inúmeras reuniões departamentais, inúmeras reuniões eclesiásticas, afinal, naquela época, ambos estávamos muito envolvido com estas questões eclesiásticas, institucionais... Bons tempos aqueles, que talvez voltarão algum dia, mas não mais da mesma forma, afinal, os tempos mudaram, nós mudamos...

É óbvio que nestes 10 anos tivemos atritos, discussões, conversas importantes, decisões seríssimas a serem feitas, momentos ruins, momentos bons. Creio que se puséssemos na balança os momentos bons e ruins, os bons pesariam muito mais. Afinal, 10 anos não são 10 dias ou 10 meses. Quantos relacionamentos vimos serem rompidos no caminho, quantos divórcios, términos, recomeços já presenciamos juntos, no entanto, nós continuamos juntos. E isso é motivo de muita alegria.

Não só minha namorada, esposa, você também é minha amiga mais próxima, a pessoa em quem confio, em quem posso descansar, um porto seguro onde encontro bonança. Admiro a cumplicidade que temos, a relação saudável que mantemos.

Vários olham para o nosso relacionamento e o acham muito estranho. Nos acham 'liberais' de mais, afinal, na dinâmica da propriedade privada, até os relacionamentos tem que ter a idéia de "posse", a idéia de que o outro me pertence de alguma forma. Agradeço a Deus não termos entrado nesta dinâmica. E talvez por isso não haja esse ciúme tão corrosivo que contamina 95% dos relacionamentos que conheço. Sentimento de posse, onde o outro não "pode" não "é autorizado" a fazer determinadas coisas que não passam de meras convenções e que em nada ajuda o relacionamento, mas apenas o atrapalha.
O que há é apenas o cuidado, o querer saber se está bem, puro reino da liberdade. Isso talvez nos poupe enormes problemas e nos torna mais próximos, afinal, a confiança deve ser a base de qualquer relacionamento.

Olhando para trás no nosso relacionamento só me faz querer olhar para frente. Vermos o que alcançamos até hoje, só me impulsiona a continuar seguindo nesse caminho que temos seguido.

Dizer que te amo ainda é necessário, por isso digo que te amo, hoje muito mais que há 10 anos atrás, afinal, o amor é construído com a vivência e por isso que ele só cresce a medida que o tempo passa.

Comemoremos, celebremos a vida e a alegria de estarmos juntos há tanto tempo, sempre na esperança de continuarmos juntos até que a morte nos separe. (Aqui adotando uma visão clássica cristã, embora talvez possamos querer algo para além da morte, mas teríamos que abrir mão de alguns pressupostos que adotamos. heheh)

Te amo, Priscilinha !

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Uma busca...







Na busca de uma palavra que dissesse exatamente o que gostaria de dizer não encontrei nenhuma e por causa disso tive que usar tantas outras pra tentar expressar algo que apenas uma palavra exprimiria.
Claro que não conseguirei dizer o que aquela palavra diria, mesmo porque apenas aquela palavra é capaz de dizer o que não consigo dizer com inúmeras palavras.
Se algum dia achar tal palavra talvez pare de escrever e ficaria só repetindo tal palavra, afinal, o que seria todas as outras quando se acha exatamente aquela que tipifica o mais essencial das coisas que se querem dizer?
Mas, e se houver uma palavra pra cada momento da vida que diria exatamente o que gostaríamos naquele momento, mas não existisse a palavra que diz todas as coisas em todos os momentos? Será que mesmo assim procuraríamos a união das palavras em torno daquela única palavra?
“Diga uma palavra e ficará curada” - Disse certa vez um oficial ao Cristo. Aquela palavra foi dita e a cura se instaurou. Uma palavra se fez carne e todo o mundo foi mudado. Uma palavra.
Talvez seja esta a palavra que busco. A palavra que cura os enfermos, liberta os cativos, palavra que vinda ao mundo iluminaria a todo homem. Talvez a palavra seja o que todos buscamos de uma forma de outra. Talvez um verbo. Verbo que indicaria ação diante do mundo na tentativa de transformá-lo em algo além do que mero palco de espetáculos.
Palavra que quando dita explicitaria tudo de forma clara e distinta, orgulho cartesiano por excelencia.
Enquanto não encontro tal palavra, vario eideticamente em torno desse algo, que ao contrário do fenomeno russeliano, não se mostra a não ser por meio de verbos de ação no mundo.
Não consegui expressar o que queria, afinal, não encontrei a tal palavra ainda, e fico com meu ceticismo pra saber, se quando achar, saberei expressar a única palavra que procuro.

sábado, 4 de junho de 2011

Aporias?



O que posso fazer se você não quer mais minha companhia?
Se minha distancia fará melhor pra você que a minha presença?
Se nossos momentos juntos não fazem mais sentido?
Se minhas tentativas de andar junto se tornou apenas palavras ao vento?

O que posso fazer se estamos em lugares diferentes?
Se você não quer mais minha companhia?
Se as coisas sobre nós tornaram-se algo a ser esquecido?
Se nós não fazemos bem mais um para o outro?

O que posso fazer se deparamos que somos dependentes um do outro?
Se perceber que a dor da separação será maior que a dor que vivemos juntos?
Se descobri que o sofrimento talvez valerá a pena?
Se mesmo assim quiser continuar tentando?

O que posso fazer se descobri que te amo?
Se percebi que prefiro sua companhia a de qualquer outra pessoa?
Se percebi que apenas precisamos de espaço?
Se percebi que já encontramos a solução?

O que podemos fazer?