segunda-feira, 31 de maio de 2010

Poderia ficar ali a tarde inteira




Poderia ficar ali a tarde inteira. Apenas observando o tempo, sentindo o vento, apreciando a vista.
Poderia ficar ali a tarde inteira. Pensando na vida, pensando nas pessoas, pensando em você, pensando em mim.


Ah tempo que insiste em passar tão rápido, tempo que nos deixa fazer tão pouco.
Saibamos contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios já dizia a palavra.

Sobre o que não se pode falar, sobre isso deve-se calar.

Wittgenstein termina seu tractatus dessa forma.
Dizendo tudo e ao mesmo tempo não falando do que mais importa.
Sobre isso é o que não dá pra falar. Resta um silêncio esclarecido, uma sensação de ter contemplado o sentido, ter contemplado a diferença das coisas.
O véu de maia desvelado, o terceiro olho aberto, a voz vinda do alto sendo ouvida.
Pena que sobre estas coisas, nada pode ser dito. Resta apenas o silêncio.

Tudo isso pensava enquanto tomava uma coca-cola.
Apenas ela em cima da mesa, uma árvore que se inclina à minha frente, pessoas conversando sobre assuntos diversos, que eu não escutava.
Ao meu redor, diante de tanto barulho só ouvia o silêncio arrebatador daquela vista.

E o que tinha de especial nela?

Nada. Absolutamente nada. Aquela vista, já a tinha visto várias vezes. Talvez hoje os meus olhos estejam diferentes, e se eles estão diferentes, logo tudo está diferente.

Os olhos são a luz do corpo, se os teus olhos forem bons, todo o seu corpo será luminoso, mas se forem maus, oh que grandes trevas serão.
Ainda me encontro absorto por aquela vista, talvez fique a tarde inteira assim.
Sentimento de que tudo o que importa estava ali, diante dos meus olhos, mas ao mesmo tempo, oculto aos mesmos.

Poderia ficar ali a tarde inteira. Apenas observando o tempo, sentindo o vento, apreciando a vista.
Poderia ficar ali a tarde inteira. Pensando na vida, pensando nas pessoas, pensando em você, pensando em mim.

Nostalgias








Insisto em fingir que nada aconteceu, que nada ainda acontece. Afinal, para mim, de fato nada aconteceu, para mim nada mudou. Tudo continua a mesma coisa, a mesma simplicidade, a mesma maratona de todo dia, os mesmos casos, os mesmos assuntos. Tudo a mesma coisa.


Mesmo parecendo que tudo mudou, digo que de minha parte, tudo permanece o mesmo. Parece, na maioria das vezes, que para você tudo mudou. Nada mais é o que era, nada mais precisa ser o que era. É como se seu lado esquerdo tivesse desaparecido, como se faltasse um número de 1 a 10. Um silêncio mórbido, uma frieza como há anos não via. Me faz lembrar de mim mesmo, talvez seja isso o que mais incomoda. Novamente o gelo na frente do espelho...


Isso já me incomodou demais, muito mesmo. Passei vários minutos me perguntando onde tive a culpa, onde dei os passos errados, onde a beleza deixou de existir. Passei momentos ponderando e cheguei a algumas conclusões que só parecem fazer sentido para os outros. Afinal, para mim, não o faz, e acho que nunca fará. Mas hoje sei onde parece que errei, onde as visões de mundo interferiram, onde as especulações não foram bem compreendidas.

Hoje já estou mais tranquilo. Tento compreender tudo como uma fase, como órbitas planetárias ao redor de estrelas. Hora longe, hora perto.


Procuro compreender, acho que estou conseguindo. Mas ainda assim confesso que às vezes bate um sentimento de nostalgia, bate uma vontade de gritar, fazer algo para além do muro para que minha voz seja ouvida, para que minha preocupação seja entendida novamente como gesto gratuito.


Não sei porque insisto em escrever sobre esse tipo de coisa. Talvez porque queira que algo subsista, talvez porque queira que algo ainda haja para além do ambiente gélido. Talvez porque tenha esperança que um vento da manhã bata, e da mesma forma que ele trouxe refrigério um dia, ele traga novamente um passado não muito distante.


Creio que o passado voltará, o passado será o futuro, esperança um pouco louca, mas não tão insana. Sem mais gênios da lâmpada, mas apenas companheiros de jornadas, amigos que se calam, amigos que riem...


Esperança pelo passado nos trabalhos futuros...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

poema dos 27 anos...







Vai tempo...

Leva consigo as lembranças e traga novas experiências.

Me conduza para lugares que ainda não frequentei, me leve a casas onde não entrei para ver flores que ainda não vi, pra sentir odores que ainda não senti...

Leve-me para longe, mas mantendo sempre perto o que mais importa.

Vá tempo, siga seu curso...

Nada podemos fazer pra te fazer parar, nada que façamos te fará agir de forma diferente.

Ah como gostaria de não ter que vê-lo passar assim tão rápido, gostaria que caminhasse mais devagar, que não tivesse tanta pressa, que não quisesse sempre está a frente de todos. Mas feliz ou infelizmente você é assim.

Espero sinceramente estar fazendo bom uso de você.

Então vá,

E enquanto vai, vou junto contigo tentando aprender o máximo que puder enquanto passa,

Enquanto passo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sejamos Homo Ludens






Foi-me feita uma pergunta sobre o que eu achava que Jesus quis dizer quando diz que "Se não vos tornardes como crianças, não podereis ver o reino dos céus".


Transcrevo a resposta que acabou virando texto...


Penso que ele quis dizer tanta coisa.
As crianças tem algo muito interessante que é o fato delas brincarem. As crianças brincam.

Elas tem consciência da precariedade da brincadeira. Quando elas vão brincar por exemplo de polícia e ladrão, elas armam o cenário, brincam, morrem, nascem de novo etc.

Quando o jogo perde a graça, o divertimento vai embora, elas simplesmente brincam de outra coisa. Desfazem o mundo criado por elas.

Nos adultos, isso não acontece, nossas brincadeiras se tornam sérias demais, não aceitamos que brincamos de bancário, funcionário público, programador... Não. A realidade é assim, nossa brincadeira se transforma naquilo que somos.


Brincamos e esquecemos que brincamos, e passamos a levar a coisa a sério demais. Nos identificamos com nossas brincadeiras e não vemos mais a precariedade delas.


Aquilo que é precário assume um status ontológico, não é mais um jogo, mas se tornou algo que "tem que ser assim", algo que não pode ser de outra forma. É claro que aí, o prazer já se foi há muito tempo, só restou a "frieza" da "realidade".


Algo muito parecido é o que Freud fala a respeito do princípio de prazer e o princípio de realidade. Esquecemos do prazer, dos desejos que nos movem, e ficamos apenas tentando nos "ajustar" à realidade que nos cerca e acaba por se impor.

E por que então não desfazemos o cenário que criamos? Por que não resolvemos brincar de outra coisa?

Porque achamos que isso não é possível, achamos que a coisa "tem que ser" da forma que é.
Esquecemos que fomos nós que, em algum momento, criamos esse mundo da forma que ele é, nós criamos esse cenário, senão nós, alguém antes de nós. Mas não podemos esquecer que ele foi criado pelo homem, e portanto pode ser desfeito pelo próprio homem. Não há um caráter ontológico na estrutura das coisas, elas são o que são porque o homem fez as coisas dessa forma. Se ele fizer de uma forma diferente, então a estrutura será diferente.

Penso que essa idéia é o que possibilita encararmos a religião como "constructo" e não apenas como "efeito" das coisas. Ela não é uma superestrutura advinda de uma infraestrutura econômica como queria postular Marx, ela é fruto do desejo do homem, e se aceitamos que o homem é um ser de desejo (como queria Freud), vemos que a religião se coloca como expressão do desejo humano, expresão do que há de mais belo nele.


Se entendermos que a realidade, tal como conhecemos, é construída por nós, veremos que o resgate da religião como expressão do humano se mostra como uma possível forma de transformar o mundo em um lugar novamente de prazer, onde o "brincar" novamente se fará notório. Seremos adultos que brincam, homo ludens como queria o Huzinga.


Acho que a frase de Jesus aponta nessa direção. Devemos perceber que, se o mundo é injusto, corrupto, etc, é porque o homem em algum momento o fez dessa forma, e, da mesma forma como ele construiu um mundo "jaz no maligno", cabe a esse homem também abandonar tal "jogo" e começar a construir o reino de deus.
Sejamos homo ludens. Pessoas que brincam.

Penso que esta é uma das coisas que Jesus quis nos ensinar quando disse "Se não vos tornardes como crianças, não podereis entrar no reino dos céus".

segunda-feira, 17 de maio de 2010

reticências para um novo ano


E lá se vai mais um ano.
Tempo que não volta, experiências que estão agora na memória; na minha, e na de várias pessoas com as quais já convivi.

Fico feliz por mais este ano que se inicia.
Quero colher mais flores, quero sofrer melhor, quero pelo menos uma vez me sentir feliz diante das coisas que não vão correr bem.
Tem coisas que só aprendemos com a idade que chega, com os anos que passam. Com as novas esperanças que se frustram, com as que se realizam.

Espero não te ver assim tão triste, feição esta tão comum em seu rosto neste ano que se vai.
Pelo menos que a tristeza seja algo passageiro, apenas uma visita inusitada que traz um pouco de brilho a uma vida que seria sem graça se fosse sempre alegre.

Mas quem sabe as alegrias serão mais constantes neste novo ano,
Talvez as desilusões nos trarão motivos de risos,
A vida sem graça de um trabalho sem sentido obterá motivo de esperança
Não porque o trabalho mudou, não porque o salário aumentou, mas porque os olhos mudaram

Porque o "além-do-trabalho" agora me sorri ao invés de me provocar apenas motivos para pensar, chorar, frustrar e angustiar.
Os olhos antes caídos olharão para cima, e as trevas se transformarão em luz pelo simples gesto de um amigo.

Texto triste para o desejo de um feliz ano novo. Mas se todo texto é reflexo do escritor, porque não transformar o texto em manifesto de esperança ao invés de desejos vazios que ouvimos nesta época.

De que adianta desejar muita paz, alegria e saúde quando na realidade tudo isto não passa de palavras vãs jogadas ao vento?
Prefiro cantar a esperança verdadeira, aquela que brota do fundo da alma, aquela que titubeia sobre a corda bamba da existência, a afirmar as falsas, as dogmáticas sem sentido, as que pretendem ser visões prontas da realidade.

Cantando pelo menos a melodia invadirá os corações dos desesperançados, e talvez trará algum refrigério aos corações abatidos.

Schopenhauer já exaltava a música como maior manifestação do gênio, a reforma se utilizou dela para cantar os novos ares que estavam por vir.

Cantemos o novo ano, manifestemos a esperança do "ainda-não". Eis o convite para o novo ano que se inicia.
Dancemos, cantemos, celebremos a alegria de um novo ano. Não porque já vemos melhoras, mas "apesar de" não vermos melhora alguma.

Cri, por isso cantei.

Doce canto da fé.

domingo, 9 de maio de 2010

desabafo sincero







Sinto sua falta.

Sei que te vejo todos os dias, mas mesmo assim sinto sua falta.
É bom ter você comigo, mas muito ruim quando não aparece.

Fico como quem pensa e aguardo que um dia você volte
Mas enquanto isso não acontece,

Sinto sua falta.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Um definhar de uma flor...





É, nem sempre as coisas acontecem como a gente espera.


Nem sempre as flores são colhidas a tempo, as vezes elas murcham e caem sem nunca termos sentido seu perfume, sem nunca poderem ter aflorado, embelezado nossos campos com suas pétalas coloridas e seus caules finos.


As vezes elas simplesmente murcham e caem.


E o que sobra delas ? Nada a não ser a memória. Mas a memória é memória de algo que não mais existe, memória que recairá sobre o vazio, sobre o nada.

Talvez lembramos apenas de nós. Lembrávamos das sensações que tínhamos enquanto esperávamos que ela florescesse.


Triste flor tão jovem que não teve a chance de expelir seu perfume.


Mas será que ela não expeliu, ou ninguém prestava atenção nela enquanto morria?


Os dias passavam e cada dia a flor ia definhando, ia se recolhendo, mas parece que ninguém percebia, parece que ninguém se importava com ela.


A flor, no entanto, não se exprimia também, apenas passava triste todos os dias, as vezes com alguns momentos de olhar para o sol, mas quase sempre com o rosto virado para a terra. Buscava em algumas palavras um conforto para sua situação, mas parece que tais adubos não estavam dando resultados.


No entanto, enquanto achava que tudo estava bem, que ninguém a notava, aparece alguém que resolve se importar com sua situação, limpar a terra ao seu redor, adubar seu terreno com palavras de esperança, fazer companhia para que ela não se sentisse sozinha.


Mas a flor não quis tal ajuda. Afinal, ela não tinha sido acostumada com isso, o excesso de cuidado a assustava, ela preferia a solidão, o olhar para o chão do que tentar contemplar a beleza das árvores e pássaros ao seu redor.


Esse alguém, infelizmente nada podia fazer, a não ser ver tristemente a flor murchar.


Ah... doce flor que tinha tudo para ser tão feliz, mas preferiu murchar diante de um ambiente tão hostil. Talvez ela poderia ser a beleza do lugar inóspito, talvez ela poderia ser o brilho, e com seu perfume alegrar o dia de quem por ali passaria.


Ah triste momento daquela flor... Espero que ela não murche e caia.


Espero que ela olhe ao redor e contemple os alguéns que com ela se importam, e que seu perfume seja exalado, pois eu sei que seu perfume é um bom perfume. E como sei ? Talvez o tenha sentido enquanto ela ainda não estava murchando.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Aula sobre o tema "Quem é Deus?"




Este texto foi feito para uma introdução às aulas de uma escola dominical que daríamos no ano de 2009. Reli o texto e achei que seria interessante postá-lo. Espero que o achem interessante. Esse texto serviu como início para boas discussões.


Aula sobre “Quem é Deus?”

Primeiramente antes de tentarmos esboçar respostas sobre a pergunta é bom que entendamos de onde estamos partindo. Ao se fazer a pergunta : “Quem é Deus?” já estamos pressupondo algumas coisas. Ao perguntar pelo “quem”, estou já pressupondo que se trata de uma pessoa, do contrário perguntaria “o que?” e não “quem?”. Quando coloco Deus em letra maiúscula, acabo por remeter ao conceito de monoteísmo, uma vez que poderia perguntar pelos deuses e não por um deus específico. O verbo de ligação “é” me situa por alguém que pergunta pela essência, ou traço mais distintivo desse objeto do nosso estudo. Portanto a pergunta feita da forma que está feita sugere esses três pressupostos. No entanto, poderia perguntar “O que são os deuses?” Mas se faço a pergunta por “Quem é Deus?” já pressuponho que trataremos de um tema específico, dentro de uma cultura específica, visando um fim específico.

Por nos encontrarmos dentro de uma instituição cristã, e se tratar de uma escola dominical, acredito que limitaremos a nossa pergunta ao Deus cristão. Sabemos que existem vários deuses, que cada um deles representa uma série de coisas, e que cada um deles é adorado por vários grupos distintos ao redor do mundo. Não entraremos no mérito de discutir se há alguma convergência entre o deus cristão e os outros deuses, uma vez que o assunto é muito extenso, bem como é um terreno muito árido e pouco trilhado dentro da igreja evangélica brasileira.

O conceito de deus é um conceito genérico. Por Deus podemos entender alguém que tem um campo de ação, ou um nível de ação maior, ou mais qualificado que o homem. Deus portanto é algo ou alguém que pode fazer coisas que para os homens seria impossível ser feito. Assim como narrado no evangelho. “O que é impossível aos homens, é possível para Deus.” Portanto um deus tem essa característica, i.e, pode agir num nível maior que o humano, e por isso mesmo é ele adorado por aqueles que o serve.

No entanto, como dissemos antes, o conceito de deus é genérico e portanto pode ser aplicado a todos os deuses dentro do mundo. Sabemos também que o conceito de deus é histórico e historicamente construído tendo por isso mesmo sofrido várias alterações no decorrer da história. Deus, desde os hindus, (primeira religião sistematizada que conhecemos) era visto como um ser que possuía características excepcionais. No caso específico do hinduísmo, havia vários deuses, e cada um representava algo, era uma sociedade politeísta.

É bom fazermos uma distinção entre a esfera do sagrado e a esfera do divino. O divino é posterior ao sagrado. Vemos em várias comunidades primitivas adorações aos totens, bem como a veneração de algum animal ou algo que, segundo eles, teria um campo de ação maior que o humano. A sacralização portanto não precisa ser atribuída a uma divindade, mas o que vemos é que, a divindade provém de um refinamento do aspecto sagrado.

O que começa com uma adoração da natureza, passa com o tempo à adoração de uma “pessoa” que está para além do homem. Para se tratar do deus cristão, o ponto de partida é o relato bíblico de onde vem a maior parte das nossas concepções sobre o deus que servimos. Na Bíblia, Deus é o único Deus verdadeiro e digno de ser adorado. Esse Deus dos israelitas se revelava de várias formas, no antigo testamento. Mas sempre que perguntado sobre seu deus, o povo de Israel respondia: “O nosso Deus é aquele que nos tirou da terra da escravidão, nos conduziu pelo deserto, nos deu o maná etc...” Deus era revelado pelos seus atos na história do povo de Israel.

O Deus do israelita era um Deus que agia na história e que tinha como meta a libertação do povo de Israel. Deus portanto era agente na história do povo. Esse Deus que não muda, continua sendo portanto um deus que age na história. O evento mais marcante desse Deus que age na história é a vinda de Jesus. Em Jesus, Deus se revela na história da forma mais própria. Jesus representa portanto esse Deus revelado na história, agora não mais apenas do povo de Israel, mas um Deus revelado a todo aquele que crer.

Em Jesus, a libertação do povo acontece de forma visível por meio das curas, dos milagres, e de todas as outras coisas feitas por Cristo enquanto estava na Terra. Deus portanto continua se revelando ao povo na história, visando sempre a libertação deste. Jesus antes de morrer na cruz e ressuscitar disse aos discípulos que enviaria um consolador. Esse consolador é o espírito Santo enviado da parte de Deus para convencer o homem do pecado, da justiça, e do juízo.

O Deus cristão que será objeto do nosso estudo, será esse Deus que age na história e que por meio de Jesus consuma seu plano de salvação do homem na história, e por meio do espírito santo consola o homem para que ele possa viver da melhor forma possível aqui na terra, visando à instauração do reino de Deus. “Venha a nós o teu reino.”

Como passo didático iniciaremos o estudo sobre Deus por meio dos atributos de Deus.

Em teologia sistemática, não tem como falar sobre Deus a não ser por meio de seus atributos. A única saída seria a teologia negativa onde poderíamos falar o que Deus não é, mas nunca o que ele é, uma vez que Ele, em essência, seria indizível.

Mas aqui, não tomaremos por base a teologia negativa, mas sim, partiremos da idéia da associação entre atributos de Deus e Deus em si. Sabemos que tal associação em si é arriscada, no entanto, esperamos ter nela um bom ponto de partida, sabendo sempre que como qualquer ponto de partida, sempre pode haver outro em outro lugar, talvez mais bem colocado que o nosso.

Estudemos o tema então...